Planejamento

06/04/2011 22:46

 

 

E.E.F.M.PROFESSOR MÁRIO SCHENBERG

COORDENAÇÃO DE ENSINO

PROFESSOR:Clidenor junior

 

Montar um planejamento compromissado com o projeto pedagógico e a proposta curricular é o caminho para dar sentido às aulas

 

Luis Carlos Meneses

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O planejamento da construção de um prédio só faz sentido com um projeto arquitetônico, que por sua vez depende de uma proposta de uso (ele pode virar moradia, hotel ou escritório, por exemplo). Da mesma forma, cada hotel tem um projeto diferente em função do terreno disponível e do público previsto para ocupá-lo. Numa analogia simples, fica fácil entender por que um planejamento de ensino não se sustenta sem um projeto pedagógico capaz de tornar realidade a proposta curricular - tomando por base as condições reais dos alunos. "Quanto mais genérico o planejamento, mais vazio, pois o que serve para qualquer situação é só um exercício burocrático."
Isso fica difícil quando a rotatividade de professores é endêmica e se torna impossível quando não há registros que orientem a continuidade formativa. Por isso, é essencial fugir das repetitivas listas de tópicos para as séries e disciplinas. Afinal, quanto mais genérico o planejamento, mais vazio e inútil ele é, pois o que serve para qualquer situação não passa de exercício burocrático, nunca é trabalho educacional.
Se uma rede pública propõe que Geografia e Ciências tratem da degradação ambiental numa determinada série, alunos de uma periferia metropolitana, defasados no letramento, podem fazer observações do saneamento urbano com registros que reforcem o exercício da escrita. Já os estudantes que são de famílias de agricultores atraídas por trabalho sazonal e temporário nas colheitas podem ser estimulados por suas escolas a observar a contaminação de solos e rios e, assim, valorizar sua experiência nômade. Em ambos os casos, as duas disciplinas articulariam suas temáticas específicas aos objetivos formativos gerais. Melhor ainda se levassem em conta as dimensões sociais e afetivas do processo de aprendizagem.
Além de adaptar o currículo às circunstâncias e à realidade locais, planejar é organizar e dimensionar atividades que garantam que todos avancem e coordenar os recursos existentes e o tempo disponível. Dependendo das possibilidades, jovens podem ser convidados a promover o julgamento ético de uma atitude discutível, num chat via internet ou numa roda de papo ao vivo. Do mesmo modo, o que em certas escolas pode ser aprendido nos laboratórios, em outras tem de ser feito na forma de demonstrações em classe ou investigações fora dos muros escolares. Também os momentos de avaliar (e as maneiras mais eficazes de comprovar a evolução das turmas, de preferência ao longo do processo e não apenas com provas formais) devem ser planejados conforme as condições.específicas.
Uma questão que poderia ter aberto este texto, eu lanço agora como um fechamento: a quem interessa o planejamento? É claro que interessa ao professor (para organizar seu trabalho cotidiano) e aos gestores escolares (para implementar o projeto pedagógico definido pela equipe), mas, quando ele é bom, tem como ótimo efeito colateral a criação de programas de ensino que atraem os alunos e suas famílias - pois, se queremos responsabilidades partilhadas, precisamos informar a proposta, o projeto e o programa.
Se os próprios professores se sentem isolados, como se estivessem de passagem por aquele lugar, ou se o que se espera deles é que façam um plano igual ao das outras escolas em que lecionam (e cujos projetos pedagógicos ignoram), nesse caso não há sequer como criar expectativas sobre o destino dessa equipe. Só mesmo com um milagre para escapar do rebaixamento.

 

 

Destino fixo, rota variável

Sustos, como descobrir que a turma não está no nível imaginado, pedem uma mudança de rumos

 

Arthur Guimarães

Ser flexível é uma das principais qualidades do professor, já que em classe existem alunos com dificuldades e facilidades distintas

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Por mais bem fundamentado que seja o planejamento escolar, o professor precisa ter consciência de que alguns imprevistos podem surgir ao longo do ano letivo (e esses sinais não devem ser ignorados). É importante que haja uma avaliação constante do processo de ensino, com o educador sempre alerta para diagnosticar obstáculos encontrados e medir o ritmo de avanço das atividades sobre os temas programados.
Os assuntos trazidos no dia-a-dia pelos alunos, como notícias da televisão ou dilemas pessoais e familiares, também precisam ter um tempo reservado para serem debatidos - se possível relacionando-os aos conteúdos curriculares, mas logicamente sem forçar conexões distantes. O cuidado de monitorar as aulas e o comportamento dos estudantes periodicamente é determinante para perceber a necessidade de pequenos ajustes, pausas, acelerações, mudanças de rota ou mesmo a retomada de algumas informações que não foram aprendidas de forma consistente pela turma. "É uma questão de bom senso. O planejamento inicial é feito sem que o docente conheça seus alunos. É com a interação e com o próprio tato que o educador vai perceber o que vai manter ou não", explica Benigna Freitas, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Brasília (UnB).
As avaliações são a principal ferramenta para saber quando improvisar. Depois de cada aula, o professor pode criar o hábito de fazer anotações sobre o andamento das rotinas, comparando o que foi inicialmente previsto e o que realmente aconteceu. Aqui, podem entrar observações a respeito de grupos mais avançados e até sobre conteúdos que pareciam totalmente dominados. A escrita leva a pensar. É inclusive um momento em que fica claro ao docente se suas explicações surtiram efeito ou não ajudaram no entendimento dos conceitos trabalhados. Nos registros, entram ainda as cartas que foram tiradas da manga para contornar eventuais sustos durante a aula. "Ao escrever, você cria uma distância do que foi feito, o que ajuda na reflexão sobre os procedimentos utilizados", explica Neide Noffs, professora de Didática e Metodologia do Ensino da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). "É com essa prática que o profissional consegue ter noção dos limites da flexibilidade do planejamento. Ele deve se perguntar se sua explicação surtiu efeito e os objetivos foram alcançados. Se não foram, cabe cogitar alguma alteração de rota", argumenta.
A especialista cita o francês Yves Chevallard para embasar seu entendimento de que as mudanças de percurso são bem-vindas. "Um conteúdo de saber que tenha sido definido como saber a ensinar sofre, a partir de então, um conjunto de transformações adaptativas que irão torná-lo apto a ocupar um lugar entre os objetos de ensino. O 'trabalho' que faz de um objeto de saber a ensinar um objeto de ensino é chamado de transposição didática", escreveu o educador. Neide acredita que conhecer a realidade dos alunos é um fator fundamental nessa transformação do saber. "O conhecimento científico, por exemplo, não deve ser repetido em classe exatamente do jeito como está nos livros. As informações precisam ser trabalhadas e preparadas para serem repassadas aos estudantes. E é elementar entender quem são esses estudantes. Por isso, enquanto se aprendem quem são eles e o que sabem, podem ocorrer desvios de rota", analisa.

 

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Tópico: Planejamento

Data: 19/04/2011

De: Marcos Henrique

Assunto: Planejamento

O Planejamento é fundamental não apenas na educação, mas em todo trababalho realizado com objetividade e profissionalismo. Contudo, temos que ter em mente a nossa realidade educacional e a possibilidade de realizar um trabalho de qualidade para melhor interação com os educandos.

Data: 19/04/2011

De: Rosimeire

Assunto: Planejamento

A prática pedagógica,sem o devido planejamento de ensino, pode-se tornar um ato mecânico, irrefletido, não questionador da ordem estabelecida. Essa falta de reflexão faz com que o educador não perceba sua posição na sociedade, transformando, assim, seu trabalho num exercício, até certo ponto, desqualificado. Precisamos, é claro, de pessoas com vocação e com dom para o ensino, porém, precisamos muito mais de profissionais qualificados, conscientes do seu dever e de seu papel numa sociedade injusta e contraditória como a nossa.

Data: 19/04/2011

De: Clidenor Jr

Assunto: PLANEJAMENTO ESCOLAR

A prática pedagógica,sem o devido planejamento de ensino, pode-se tornar um ato mecânico, irrefletido, não questionador da ordem estabelecida. Essa falta de reflexão faz com que o educador não perceba sua posição na sociedade, transformando, assim, seu trabalho num exercício, até certo ponto, desqualificado. Precisamos, é claro, de pessoas com vocação e com dom para o ensino, porém, precisamos muito mais de profissionais qualificados, conscientes do seu dever e de seu papel numa sociedade injusta e contraditória como a nossa.

Data: 19/04/2011

De: Yury Uchoa

Assunto: Planejamento

Com certeza, o planejamento é fundamental no trabalho docente. Porém, ele não pode ser estático, pois há uma série de situações em nosso trabalho, que nos leva a reformulá-lo. É o famoso "plano B"

Data: 19/04/2011

De: Leyly

Assunto: PLanejmamento

Para tudo nessa vida, nós precisamos de planejamento. Na educação isso é fundamental, pois norteia o professor: ele sabe de onde vai partir e ate onde vai chegar. No planejamento ele coloca seus objetivos e a metodologia para cada aula. Porém isso não impede que de repente a aula seja mudada, pois a partir de um comentario de um aluno sobre o noticiario, ou uma questão proposta pelo mesmo, é papel do educador responder a questão, comentar, abrir um debate. No final todos ganham, pois ouve uma troca de conhecimento. E muitas vezes o conteudo daquele dia, proposto pelo planejamento diario não responderia a questão que incomodava o aluno.
É tambem essencial um planejamento coerente, que abranja toda a realidade do aluno, da escola. Não adianta copiar os conteudo passados, a metodologia passada, é necessario inovar e se atualizar. O mundo das informações está em constante movimento.

Data: 19/04/2011

De: Rosimeire

Assunto: Re:PLanejmamento

Gostei muito desse comentário, principalmente quando você fala em nao copiar metodologias e conteúdos anteriores... é isso aí é nosso dever inovar sempre em nossa prática. Vivencio muito isso na minha prática o mesmo conteúdo na mesma série porém com resultados surpreendentes de uma turma para outra... é algo que me motiva e me mostra que devemos estar preparados para o novo...

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